segunda-feira, junho 18, 2007

"O menino tá co's ovo nas viria"

Eu juro que eu vi isso hoje, um caminhão escrito:

Décio's
Ovos

domingo, junho 17, 2007

A quem vier a ler
Leia com tudo que tiver
Leia como lhe parecer. Leia sem entender
Mas não recue
Atropele essas linhas com o peito
Aberto
Jogue-as longe, e corra na direção de cada uma delas
e perceba em torno
Os lugares onde cada uma caiu
Nunca foram pisados.
entre o mar e a terra
quando a noite cobre o dia
cai tudo que sustenta todas as coisas
caem todas as cores
e meu corpo...
eu me encontro
perdido
entre todas as lembraças das únicas coisas
as melhores que jamais vi
as melhores coisas que jamais vi... todas
bem agora
na hora da vertigem
por onde passo deixo pedaços de mim
restos
buracos
em mim
um choro, um dia
tudo se me cai
numa lágrima vazia

domingo, junho 10, 2007

Ah!


Acabei de me lembrar de outro ser que não morre nunca.

sábado, junho 09, 2007

Sexo e morte - ou - Existem seres que não morrem

Sexo supõe morte.

Lembra como, no primeiro grau, nos ensinaram que os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se e morrem? Era mentira.

Existem seres que não morrem.

Criaturas assexuadas, dividindo-se indefinidamente, não se deparam com a morte que costumamos chamar de natural. Você já tinha pensado nisso? A mim assombra, pois parece subverter uma das idéias mais confiáveis da nossa existência.

Mas existem seres que não morrem!

Ou seja: a morte como necessidade é um privilégio dos seres sexuados.
Ou seja: sexo supõe morte.

Alguma conclusão?

segunda-feira, junho 04, 2007

tirando o pó...

O nascimento de um escritor é algo muito difícil. Não basta sangue, suor e lágrimas, não basta fazer força e pronto. É um nascimento no dia a dia, que se prolonga até o fim da morte. Ele nasce a vida inteira. Passo assim a vida. Parto. Parto para não morrer. Nascer para não morrer. Um nascimento sem ajuda, mediadores, sem toalhas limpas e água quente. A ferro e fogo.